segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mafalda Sin Falda, o som das gurias
COBERTURA


Como o clube PBrock tava fechado no sábado, resolvi ir ao centro e depois checar no Lima Penante, o festival Mafalda SinFalda, esse só com bandas femininas/mistas, com inicio marcado para as 14 horas. Depois de umas cervejas na MU, lá pelas 15 horas peguei uma carona com Lawrence da Comedores de Lixo para o evento. Quando cheguei na porta atentei para minha estupidez - talvez sinal da idade -, de não lembrar que os eventos em nossa querida cidade só começam depois de duas ou três horas do que tá marcado. Putz!

Com cara de mané, e deslocado, aportei num fiteiro no outro lado da rua e acabei tomando um purgante chamado nova schin. Lawrence e Jota, esse chegou depois, fizeram companhia por meia hora. Até começar a escurecer, aprendi um bocado sobre jogo do bicho, com o professor dono do fiteiro e seus fregueses habituais apostadores. Fiquei pensando o que seria o mundo sem o alcool...

Para amenizar ainda conversei com Rubinho (Dead Nomads) que estava assistindo aula numa escola ao lado do teatro. Logo após a primeira banda deu sinal de vida no palco, encontrei com Kleber (Andada), agradeci aos céus e entrei no recinto. De cara dei por conta de como resumiria o evento: muita influência das Runaways, duas baixistas interessantes e sofrível mesário de som. Abertura com as pernambucanas do Pump, cuja baixista baixinha me impressionou pelo desempenho, depois lhe fiz um elogio, me respondendo que estudava num conservatório ou algo parecido...

A sonorização estava um horror, tentei argumentar com o responsavel, mas não fui muito feliz. Lá pelas tantas o sujeito teve a petulância de dizer que aquela era a ambiência de rock: bateria com bumbo e pratos estourando, além dos vocais com volume muito alto. Ainda bem que tinha skol gelada no bar ao lado. E o cheiro da brenfa comendo no centro! O trio gaúcho Stella Can foi puro hard rock runaway, banda legal, embora o maldito do mesário atrapalhando. Gurias empolgadas e a baixista bem performática. Na sequência os baianos do Autoreverso, com boa vocalista (no bom sentido!) no comando e uma das pop rock do evento; descobri que a maioria dos integrantes torcem pelo Vitória, um bom sinal por definitivo.

De tanto inalar marofa por tabela e encharcar o carburador, acabei pedindo arrego e pedi a polícia [gíria popular para "esposa"] pra me pegar. Já era tarde pra mim, mas ainda troquei umas ideias com a baterista do Siete Armas, que também foi da Dominatrix, e acabei comprando o EP da banda.

Andada estava no palco quando cai fora. O som estava menos ruim, ao menos distante me pareceu. Perdi de ver a Bárbara, cujo som acho bem legal. Fica pra próxima. Esperava um público maior, achei ótimo como tava!
O festival foi legal, mas na próxima é começar na hora e contratar um bom técnico de som.

Tô com sede!

P.S. Os bichos da tarde foram camelo e carneiro!
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Texto de Jesuíno André, para a Lista PB Rock (18/10/10)

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