quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


OS/AS 10 REALMENTE MELHORES DE 2011


Pululam, a cada final de ano, as famosas listas de “Os Melhores Disso” e “Os Melhores Daquilo”. Os caras, ou grupos, acham que têm um gosto (musical, cinematográfico, etc.) tão fino e tão bom que podem definir o que seja melhor ou pior, na produção – do que quer que seja – de cada ano. Ora, gosto individual não é critério para medir coisa nenhuma para ninguém – a não ser para si mesmo. E quem se importa com o que “você”, pessoinha que faz lista, gosta ou deixa de gostar? Por isso, e a título de escárnio e zombaria, faço aqui a minha lista de “OS/AS 10 (realmente) MELHORES DE 2011”; que como você poderá notar, pessoa desocupada (que perde o seu tempo lendo isso), servirá ainda para 2012, 13, 14, 15, etc. Porque o “melhor deste ano”, continuará sendo o melhor, depois dele. Isso, sim, é uma lista de responsa. Hehe...

Mas, faça um favor a você mesmo: leia isso não!, vá procurar uma lavagem de roupa! Mas se você é mesmo desobediente e o tempo e seu e você faz com ele o que quiser, então, segue a lista:


CACHAÇA

Várias marcas. Não menciono nenhuma, porque ninguém me paga para isso. Mas as melhores são as de Minas e Paraíba. Primeiro lugar em qualquer lista que se preza, naturalmente.

CERVEJA

Várias marcas. Não menciono nenhuma, porque ninguém me paga para isso. E como as mais vendidas no Brasil (ao menos nos Estados do Nordeste), são pilsen, então vai do gosto de cada um. Segundo lugar em qualquer lista que se preza, evidentemente.

WHISKY

Várias marcas. E, nas palavras do mestre Barão de Itararé: “O uísque é uma cachaça metida a besta.” Assim, vamos na modéstia e fiquemos com a branquinha mesmo.

ARROZ BRANCO

O arroz parbolizado parece playboy bombado. Arroz é massa (literalmente) porque você pode servir com praticamente tudo o que é comestível, e fica bem; e para quem mora sozinho, é uma mão na roda: facílimo de fazer. Nos supermercados são vendidos pacotinhos para arroz de carreteiro, arroz com isso e com aquilo outro, e explicações de como ser feliz na cozinha. Arroz também serve para fazer sake (saquê), que parece com cachaça e... Ok, não parece tanto, mas é gostoso também.

FEIJÃO CARIOCA, branco

Nada contra o preto, mas esse aí é melhor em feijoadas, e se não for o caso... Feijão é rico em ferro, cálcio e potássio. Contra anemias, é uma maravilha. E o caldinho do danado, com uma cachacinha, nem digo mais nada...

BIFES (carnes vermelhas)

Variados. De preferência aqueles que servem para assar, fritar, etc. Para cozinhar, costelas são uma delícia – e dão um ótimo pirão, para quem gosta de pirão. Pirão fica bem numa farrinha com os amigos, nas comemorações do final do ano. E se for acompanhado com umas boas cervejas, boa música e uma cachacinha, é só alegria.

PEIXES (carnes brancas)

O período é muito produtivo para vendedores e comerciantes de modo geral, mas ainda mais para os que trabalham a base de comissão ou prêmio. Rendimentos extras virão engrossar o seu orçamento. No amor, segure bem e valorize o que tem em mãos, e beba menos cachaça. Quando não é o óbvio – se ligue! –, o horóscopo sempre mente.

LIVROS / HQs

Variados. Desde que não sejam de autoajuda, nem de espiritualidades, nem do Padre Marcelo Rossi, nem do Padre Fábio de Melo, nem da Lya Luft, e, menos ainda, do Silas Malafaia ou Edir Macedo. E, por falar em livros e cachaças, há ótimos livros sobre a marvada, como o clássico do potiguar Luís da Câmara Cascudo: “Prelúdio à cachaça” (Instituto do Açúcar e do Álcool), o da paraibana Kerssia L. S. de Melo: “Universo geográfico da cachaça no brejo paraibano” (Sal da Terra Editora) e o de Renato Figueiredo, “De marvada à bendita” (Matrix Editora). Parece que falta um herói bêbado nas HQs, não é? Cadê você, Tony Stark?

FILMES / DVDs

Nenhum que seja dirigido por M. Night Shyamalan – com exceção de “O sexto sentido” (1999) ou outro dos Blockbusters enlatados dos EUA. Este ano ganhei (e vi), do meu amigo Jesuíno André, um documentário excelente; sobre cachaça, claro. Trata-se do “Marvada pinga: cachaça imaculada” (2006), dirigido por Alejandro Gedeón e Léa Zagury. Totalmente excelente!

DISCOS / CDs

Vários. De preferência os que não sejam de bandas apadrinhadas pelo Circuito Fora do Eixo, nem da “nova MPB” (que revisita clássicos da “velha MPB”, rearranjando-os de modo “inovador” e “alternativo” [???]) e, menos ainda, das famosas Listas dos Melhores do Ano, comuns por esta época. Noriel Vilela, umbandista dos bons e dono de uma voz grave e lindamente marcante, não dispensava uma branquinha. Procure os discos dele e veja por você mesmo. Saravá!

FRUTAS (e verduras)

Opa! Já ia passando dos dez... Uma cachinha para fechar a conta e passar a régua. Feliz 2012, macacada!

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Psicografado por Patativa Moog

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A vida é boa a beira-mar em João Pessoa

O professor, músico, poeta e compositor Patativa Moog é frequentador assíduo do nosso quiosque. Pessoa simpática e querida da cena cultural de João Pessoa, é também um bom gourmet e especialista em cachaça de qualidade. Em uma declaração espontânea de bem-querer para com a cidade e com o quiosque, ele nos enviou esse belo texto com teor poético, o qual publicamos com grande satisfação:

“Sentar [...] entre os amigos e falar sobre soluções para os problemas universais. Deixar que tarde passe, sossegada...” São as primeiras frases de “Veraneio”, música da banda pernambucana Eddie – com quem me identifico. E tanto que, eu mesmo, e isso bem antes, em 2006, no coro de “Stronic Up!, coloquei o verso que, em nossos shows (Madalena Moog) é repetido, em coro: “A vida é boa a beira-mar em João Pessoa.” Pernambuco e Parahyba, meus dois Estados preferidos. Um por herança genético-geográfica, Pernambuco; outro por opção estético-profissional, Parahyba. Meu Pernambuco tem muitos encantos, tem sim; a Parahyba, também. Especialmente em João Pessoa, há um quiosque que, sempre que posso, estou lá. E, de tanto ir, já me tornei amigo dos proprietários, os irmãos Vanderlei e Marconde: Quiosque Dois Irmãos. São duas figuras incríveis, de corações enormes. O Quiosque Dois Irmãos fica logo ali, em frente ao Littoral Hotel, na Praia do Cabo Branco, pertinho do Marinas. Não poucas vezes, depois de “deixar que tarde passe sossegada”, acompanhada de petiscos saborosos, cervejas geladas e amigos queridos, e antes de retornar para casa, convencido de que “a vida é boa a beira-mar em João Pessoa”, segui a pé pela orla limpinha e perfeita para uns mergulhos, deixando meus pés afundarem na areia. É uma verdadeira catarse, uma terapia contra as terapias".

Publicado em: http://quiosquedoisirmaos.blogspot.com/2011/11/vida-e-boa-beira-mar-em-joao-pessoa.html

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Noite do jazz no teatro Paulo Pontes‏


Hoje os lamentos do blues dão lugar aos improvisos do jazz em João Pessoa. Depois que o Mississipi banhou as praias do Bessa no 'Oi Blues By Night', no início da semana, agora é a vez do teatro Paulo Pontes ter sua 'Noite de Jazz' nesta quarta-feira, às 20h, em show gratuito.

No palco, duas expressões da música afro-americana se encontram em um diálogo com sotaque franco-brasileiro: o tête-à-tête se dá entre os grupos Néctar do Groove, da Paraíba, e o Benoît Berth Back Quartet, da França.

Fundado em 2007 pelo saxofonista Benoît Berth (que empresta seu nome à formação), o quarteto francês tem lá suas afinidades com o Néctar do Groove.

É que os paraibanos se reuniram na capital um ano antes dos seus colegas do Velho Continente, capitaneados também por um virtuose europeu do saxofone: Stephan Thomas.

Já fixado no Brasil há quase 20 anos, o suíço é quem guia a visita do Benoît Berth Back Quartet ao país com a ajuda de Orlando de Freitas (baixo) e Victor Ramalho (bateria).

São eles que abrem a noite para os estrangeiros, que prometem mostrar ao público um embasamento clássico do jazz estudado em um centro de música que leva a marca de Didier Lockwood, violinista que se apresentou no Brasil no ano de 2009.

Tanto Berth quanto Zacharie Abraham (contrabaixo), Raphaël Chevalier Duflot (bateria) e Jean Kapsa (piano) são egressos da instituição, e seus standarts ganharam as lojas a partir de First Pages, álbum do ano passado.

De lá para cá, Berth e companhia fizeram aparições em festivais como o Jazz in Marciac, no sudoeste da França, e o European Jazz Contest, em Roma.

Na capital italiana, os jazzistas foram saudados como atração de destaque. Os franceses também deram uma paradinha em Pernambuco, no Recife Jazz Festival, antes de chegarem por aqui.

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Texto de Tiago Germano, no Caderno Vida e Arte, Jornal da Paraíba (02/11/2011 às 06h30)

http://jornaldaparaiba.com.br/noticia/69106_noite-do-jazz-no-teatro-paulo-pontes



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Diversidade de sons é a marca da coletânea “Música de Parahyba”, que será lançada no Teatro de Arena




Motivados em mostrar os frutos musicais da capital paraibana, artistas de diversas tendências da cena local unem suas forças desde 2009 para levar adiante o projeto coletivo do Fórum da Música. Para mostrar ao público o fruto desse trabalho, o fórum lança, nesta sexta-feira (28), em um show no Teatro de Arena da Funesc, a coletânea ‘Música de Parahyba’. O evento será às 20h e os ingressos serão vendidos no local ao preço único de R$ 5.

O CD reúne 20 faixas de diversos artistas da terra, dos mais variados estilos - do rock de Cerva Grátis ao reggae de Febuk, passando pela ciranda do Círculo de Tambores e pelo som instrumental-psicodélico de Ubella Preta.

O show de lançamento contará com participação das bandas Abiarap, Febuk & Banda Santo Graal, Baluarte, Orquestra de Berimbaus, Atitude Urbana, Zé Viola, General Frank & Preta San e Pablo Escobar, todas com uma faixa gravada no CD. O evento conta com o apoio da Funesc, Funjope, Rádio Tabajara e Sebrae-PB. O álbum completo está disponível para download no blog do Fórum Música da Paraíba (http://musicadaparaiba.blogspot.com).

A produção da coletânea foi feita de forma cooperativa, pontuando um dos momentos mais importantes da atual organização dos artistas de música da cidade. A partir de iniciativas como essa, o coletivo reafirma a disposição em resgatar o trabalho iniciado nos anos 80 pelo Musiclube da Paraíba.

Fórum de Música

Criado em agosto de 2009 para integrar os trabalhadores de música da cidade, o Fórum de conseguiu participar da II Conferência Municipal de Cultura, apresentando propostas que foram discutidas no meio musical de João Pessoa, somando-se às ideias de músicos de outras cidades do interior paraibano. O resultado destas idéias propostas foi a elaboração de um documento oficial que foi levado ao Encontro Nacional de Cultura, realizado em Brasília.

Serviço:

Show de lançamento da coletânea Música de Parahyba

Data: Sexta-feira (28)

Hora: 20h

Local: Teatro de Arena da Fundação Espaço Cultural

Preço único: R$ 5

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FONTE: http://funesc.com.br/cultura/index.php?option=com_content&view=article&id=558:diversidade-de-sons-e-a-marca-da-coletanea-musica-de-parahyba-que-sera-lancada-no-teatro-de-arena&catid=1:informativo-noticias&Itemid=145

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eles querem botar fogo no mundo, e sair correndo...


Igor Von Richthofen (Scary Monsters), sobre o show de estreia da paraibana Squizopop, postou o seguinte comentário, em seu blog – que uma garotinha no seriado CSI Miami afirma ser o lugar onde os frustrados escrevem o que querem, para ninguém ler –: “... eu me deparo com uma insana passagem de som onde vejo além da amizade (que supostamente levaria a minha opinião à falsidade contida na infame e previsível brodagem); vejo 4 pessoas numa ânsia de passar seu recado sem aquele pudor ou amarras a um suposto ‘bom gosto’. A banda que fazia barulho atende pelo vulgo nome de ‘Squizopop’, e seu efeito é pesado.” É, sim. E eu também estava naquele show; e também escrevi resenha sobre ele; e conheço cada um dos caras que davam as caras ali, no palco. Meninos, meninas, não se enganem: eles querem botar fogo no mundo e sair correndo, mostrando o dedo ou a bunda à sra. sua mãe, ao sr. seu pai.

Na apresentação que a banda faz de si mesma, e pela índole maldita de um de seus guitarristas e vocalistas, o amaldiçoado Ikaro Maxx, a Squizopop é “uma nova forma de vociferar pelas ruas, uma nova febre ensurdecedora, um novo orgasmo implantado nas entranhas da juventude...” E é preciso ter mais de 18 para ouvir o que eles têm a dizr; e é preciso não ter pudores para vê-los em ação, nos palcos, nus e desbocados. Enquanto o Igor Bebum vê “óbvias referências a nomes como Sonic Youth, Nirvana e ecos do melhor do punk 77, mesclados a experimentalismos guiados pela ensandecida dupla de guitarras”, eu vejo as mesmíssimas coisas, cuspidas da Sonic Youth, Weezer e Guided by Voices, principalmente quando é o Pablo Giorgio nos vocais. Mas, ah!, à merda com as referências! A Squizopop tem luz própria, e o EP Polvo (2011) mostra-a muito bem; basta ouvir.

Polvo foi gravado, mixado e masterizado entre agosto e outubro de 2011, no Mutuca Estúdio (Centro Histórico de João Pessoa), com recursos e produção da própria banda. É uma paulada. Além da excelente captação de áudio – bem no espírito anarco-punk da banda –, nem sempre transmitida como nas apresentações ao vivo, a seleção das músicas foi um tiro na mosca, prendendo o ouvinte do começo ao fim, sem deixar a chapa esfriar. A super bem produzida e empolgante “Galleries”, gritada com fúria e paixão, abre espaço para “The same”, que é um ménage à trois ensandecido entre Weezer, Sonic Youth e Thomas Jefferson Slave Apartments. Digo assim para mencionar as referências mais conhecidas, do que se pode chamar de mainstream – embora isso não limite o que a banda faz, como se reproduzindo tendências, etc. É o caos cantado, com cheiro de álcool, fumaça de cigarros e felação. Em “Harvest”, a longa entrada da bateria de Rodolf Lahm, seguida pela guitarra base de Pablo, depois o baixo palhetado do Rafael, e depois as distorções cheias de impedâncias da guitarra do Ikaro, dão solidez ao corpo que faz trilha para a letra. É uma colheita nervosíssima! Principalmente no coro, quando a bateria – que comanda do começo ao fim – muda o andamento, numa sequência punk-hardrock matadora. “The lost ones”, por fim, lembra uma rock-balad à Weezer; também lembra, e muito – e longe de ser cópia –, as faixas 2 e 3 do álbum “Mag Earwhig!” (1997), da americana Guided by Voices. “The lost ones” é a mais lenta do Polvo, e fecha o EP, que é incrivelmente bom. “The lost ones” é servida como aquele cigarro que se acende após o sexo, que vai queimando lenta e gradativamente, apagando e sendo aceso conforme aquele ou aquela que fuma, em um quarto quente numa madrugada. Pode ser também, dependendo da ocasião, o dedo que é enfiado goela abaixo, para (como nos bacanais da Antiga Roma pré-cristã) provocar o vômito; não por desprazer, mas para que o prazer se repita, depois da primeira saciedade. Não; os caras da Squizopop não têm nem a faca e nem o queijo, eles têm a fome. Esperteza que a poetiza mineira, Adélia Prado, sabe dosar bem em todas as suas obras. Sim; parece que os perdidos da Squizopop não estão tão perdidos assim.

SQUIZOPOP é:

Ikaro Maxx – guitarra, ruídos, vocal
Pablo Giorgio – guitarra, ruídos, vocal
Rodolf Lahm – bateria e vocal
Rafael “Spitfire” – baixo e vocal

A primeira aparição pública dos sádicos da Squizopop foi em um domingo, 24 de outubro de 2010, no Centro Histórico de João Pessoa. Depois os caras se apresentaram várias vezes, em vários locais, fazendo shows em lugares sujos e escuros, para públicos diversos e duvidosos. Um aviso: se, depois de um desses shows, você ficar viciado ou viciada na anarquia sonora da banda, e quiser ir aonde ela for e/ou indicar, é bom estar bem armado/a: a experiência pode ser libertadora, para o seu bem ou para o seu mal. E culpa será toda sua.

DOWNLOAD http://www.mediafire.com/?dyzzo89otuucx29

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Patativa Moog é músico (Madalena Moog), produtor, professor de filosofia, chato e reclamão.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Projeto Subindo a Ladeira

20 a 21 de Outubro | Edição dedicada às crianças

(Levem os bambinos e bambinas; é tudo para eles!)




Programação Cultural

Dia 20 | Quinta-Feira:

19h00 | Sessão de Cinema Infantil Sanhauá
Local: Escola Padre João Felix (Porto do Capim)

21h00 | Cineclube Sanhauá
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra

Dia 21 | Sexta-Feira:

18h00 | Mostra Rosa Cagliani
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra
Atração: Tempo de Dançar - Ballet Jovem da PB

19h00 | Sons do Sanhauá
Local: Escola Padre João Felix (Porto do Capim)
Atração: Show do CD Travessuras – Carlos Anísio

Dia 22 | Sábado:

17h00 | Sons do Sanhauá
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra (R$ 8 e R$ 4)
Atração: Show Érica Mainha – Érica Maria

19h00 | Mostra Rosa Cagliani
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra (R$ 8 e R$ 4)
Atração: Era Uma Vez... – Deuzeruora Vamimbora




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Panço e os quixotescos amigos na Música Urbana, 18/10/2011, João Pesso-PB

Sai do rock, cara, sai do rock! *


Ontem foi uma terça-feira legal. Nem chegou a uma dezena de amigos que prestigiaram o lançamento do livro de Panço. "Esporro" é o seu terceiro, que versa sobre o rock anos 90 na Cidade Maravilhosa. Embora seja especifico sobre uma cena, diz muito para cenários distantes onde as conspirações astrais e sonoras tinham uma mesma configuração. Eu vivi e convivi bastante essa época, e o livro, queira ou não queira, traz à tona "modus" de uma cultura pré-internet - para limitar o contexto -, sem o cheiro da naftalina e o ranço do saudosismo barato. Panço diz, na sua sinceridade peculiar, que é apenas um registro de momentos interessantes de sua memória-viva-vida. Mas não se engane, pois essa obra faz cutucar as lembranças da nossa própria aldeia. Aldeia esta construída com outros suportes e outras ferramentas que são comuns e únicas em seu tempo. Nada de comparação. Em cada lugar (e tempo) tem seu Piu-Piu, sua Gangrena, sua Garage, suas figuras marcantes tão significantes para muitos, como comprovado no livro. É essa despretensiosa verdade, que ele-e-o-livro expõe e mostra para todos, o seu grande trunfo que deve ser lido por qualquer um e que pouquissímas pessoas teriam coragem, digo, disposição, para retratar e deixar estampado na história. No andar da carruagem do Sr. Tempo, ele mesmo, durante a sua peregrinação de duas semanas para divulgar e vender o livro, já tem vivido outras histórias; como encontrar veteranos que cravaram o rock na pele sem se importarem com os caminhos e descaminhos do destino.
Para a nova geração fica o exemplo que somos apenas seres (des)humanos, óbvio ululante, e não apenas marionetes nas mãos de poucos. Lição que deve ser dita em constância para que a bobagem - e a estupidez - não seja a nossa herança para a eternidade.
Estou, como ficou claro, bem sentimental - e de veneta - na escrita, mas a noite foi legal. Fruto instantâneo das presenças ímpares de Edy Gonzaga, Bergson, Dorivan, Diogo Galvão, Patativa e Jansen. Juntamos a energia positiva com a boa conversa na loja do gentleman Róberio e depois fomos tomar umas cervejas com Panço, porque garganta sêca só papagaio pra falar muito.
Para os que não foram, sempre há uma nova chance...

* o título se refere a um literal esporro que uma pessoa levou, mas esse caso só o Edy pra contar.



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Jesuino Oliveira
(83) 9963-6752 (Tim)
(83) 8700-2687 (Oi)
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@meusons

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Circuito Cultural das Praças tem 19 atrações neste final de semana


Reggae, Rock, afoxé e ciranda sã o alguns d os ritmos que marcam a volta do ‘Circuito Cultural das Praças’ nesta sexta-feira (30). No sábado (1º), o projeto continua com apresentações em horários variados – 17h, 19h e 22h. A realização é da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).

Para esta edição do projeto foram selecionadas 268 propostas das áreas de música, cultura popular, artesanato, audiovisual, literatura, artes integradas, teatro e circo, além de dança. A nova temporada foi aberta em 9 de setembro, com os shows do DJ Guirraiz e de Totonho e os Cabras. Todas as 432 apresentações programadas seguem até fevereiro de 2012, nas praças revitalizadas e construídas pela Prefeitura de João Pessoa.

Ipês – a cantora e compositora baiana Marianne Gypsy vai se apresentar na Praça Coriolano Coutinho, no Bairro dos Ipês, a partir das 19h. No repertório, ela traz músicas de sua autoria, no estilo reggae roots, como “Oh Ah”, “Bob Marley”, “Mundo Cão”, “Sum Sum Sum”, “Brasil”, “Egoísmo”, “Maria Clara” e “Vento Selvagem”. Durante sua performance, também estão composições de outros grupos e artistas, a exemplo de Bob Marley, Edson Gomes, Jacob Muller, Tribo de Jah e Alfa Blonde.

Varadouro – A Banda Gauche vai levar rock, psicodelia folk-pop dos anos 60 e tendências retro-progressivas para o público da Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico da capital, a partir das 22h. Nesse balaio de tendências, podem ser citado como referência grupos como Violeta de Outono, Moto Perpétuo, Echo and The Bunymen, Byrds e Mopho.

As músicas que serão tocadas pelos integrantes fazem parte de dois EPs já lançados, a exemplo de “Teatro de Serafins”, “Mar de Atlântida”, “Brilho” e “Mágica”, sendo todas do vocalista, violonista e tecladista Bruno Sérgio. Na formação, estão ainda Diego Carvalho (baixo e backing vocals), Luís Venceslau (guitarra) e Paulo Alves (bateria).


Rangel – O Afoxé Ya Sobha será a atração da Praça da Amizade, a partir das 18h. Essa será a primeira apresentação do grupo, que está conseguindo em prática sua proposta com o apoio do projeto ‘Circuito Cultural das Praças’. São cerca de 15 integrantes que objetivam resgatar as raízes africanas, por meio do afoxé, considerada uma expressão rara na Paraíba. Os participantes vão entoar cânticos aos orixás, em uma simbologia de resistência à escravidão. Os dançarinos e cantores se apresentam de branco e o ritmo é marcado pelos batuques de instrumentos como atabaque, agogô, maraca e jaqueta. A expressão “Ya Sobha” significa “A mãe de todas as cabeças”. O nome faz referência a Iemanjá do terreiro de Ilê Axé Ya Sobha, que fica localizado no loteamento Nova Mangabeira, em Paratibe, João Pessoa. O local faz parte da Nação Nagô, que é uma ramificação do candomblé.

Bancários – A Banda Bárbara, que se apresenta nos Bancários, a partir das 19h, surgiu em 2007, na cidade de João Pessoa. A iniciativa foi de Carol Jordão, atual vocalista, juntamente com Angel Lacerda, que na época era a baixista. Em outubro de 2010, o grupo lançou seu primeiro álbum, intitulado “Drama, Afeto e Rejeito”. A proposta é expandir a cena do rock feminino, valorizando o trabalho autoral. A maior parte do repertório do show é autoral, incluindo algumas inéditas, como “Ampulheta (Luana Lucena)”. Também haverá interpretações de alguns artistas conhecidos, a exemplo de Rita Lee. As integrantes são Carol Jordão (vocal), Débora Gil (guitarra), Luana Lucena (bateria), e Mynne da Rosa (baixo).

Mangabeira – Na Praça Coqueiral, quem sobe ao palco a partir das 19h é a Nau Catarineta Feminina. O folguedo é uma expressão popular que retrata a prisão e libertação dos tripulantes pelo comandante da Fortaleza do Dio. Os vencedores foram os portugueses, em uma luta contra os espanhóis. No contexto original, a brincadeira é composta por homens e tem apenas uma personagem feminina, a Saloia. Já a Nau Catarineta Feminina surgiu de um grupo de mães cristãs. A primeira performance aconteceu em 25 de novembro de 1992, na Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo.

Tambaú – Quem vai animar a Feirinha de Tambaú a partir das 19h é Penha Cirandeira. A artista da cultura popular começou tocando ciranda na usina Santa Helena, junto a seu pai Zé Cirandeiro. Ela é natural de Alagoa Grande, mas também já morou em Sapé. Atualmente, ela reside em Várzea Nova, onde trabalha no roçado. Ao lado da zabumba de Seu Cícero, Penha conhece muitos cantos tradicionais e também sabe fazer improvisos. Possui intimidade indiscutível com os ritmos da ciranda e do coco, sendo marca de sua personalidade a voz forte e renitente. Participou do filme “Serena Serená: os caminhos do coco de roda e da ciranda na Paraíba”, de Lorena Travassos. Do roçado ao palco, Penha Cirandeira é certamente um dos ícones mais representativos da cultura popular paraibana.

Manaíra – A partir das 19h, a Divina Comédia Humana se apresenta na Praça do Skate. A banda foi formada em 2007, trazendo nas letras e ritmos de suas composições o estilo Rock and Roll. Depois de gravar um single, o grupo paraibano lançou o primeiro CD, intitulado “Tubo de Ensaio”. Na formação, estão Anderson Oliveira (vocais/guitarra), Fabrízio Soares (guitarra), além dos músicos adicionais Ilberto Canuto (baixo) e Roberto Marques (bateria).

Cidade Verde – Na Praça João Balula, quem se apresenta a partir das 19h é o grupo Cirandeiros do Vale do Gramame. Com suas zabumbas de corda, caixas e ganzás, os integrantes estão entre os principais responsáveis pela continuidade das tradições do litoral Sul de João Pessoa. Na região do Engenho Velho e proximidades, além do coco e cirandas tradicionais, é conhecida a existência de quadrilhas juninas locais. O grupo gravou um CD recentemente, repleto de cocos e cirandas, muitas das quais de autoria própria.


Confira abaixo a programação completa deste final de semana:


SEXTA-FEIRA (30/09)


-Bairro dos Ipês (Praça Coriolano Coutinho) – 19h

Marianne Gypsy (música)

- Varadouro (Praça Antenor Navarro) – 22h

Banda Gauche (música)

- Rangel (Praça da Amizade) – 18h

Afoxé Ya Sobha (cultura popular)

- Bancários (Praça da Paz) – 19h

Banda Bárbara (música)

- Mangabeira (Praça Coqueiral) – 19h

Nau Catarineta Feminina (cultura popular)

- Tambaú (Feirinha de Tambaú) – 19h

Penha Cirandeira (cultura popular)

- Manaíra (Praça do Skate) – 19h

Banda Divina Comédia Humana (música)

- Cidade Verde (Praça João Balula) – 19h

Cirandeiro do Vale do Gramame (cultura popular)


SÁBADO (1º de outubro)


- Castelo Branco (Praça da Cultura) – 19h

Baixinho do Pandeiro (cultura popular)

- Manaíra (Praça Alcides Carneiro) – 17h

Cavalo Marinho Infantil (cultura popular)

- Bessa (Praça do Caju) – 19h

Êxodus Reggar Band (música)

- Padre Zé (Praça da Conquista) – 19h

Trio Agudos do Forró (música)

- Funcionários I (Praça Lauro Wanderley) – 19h

Despertando para a Eco Cidadania (música)

- Jaguaribe (Praça Aquiles Leal) – 20h

Flor de Macambira (teatro)

- Funcionários II (Praça Bela) – 19h

Mac Belo (teatro)

- Conjunto Residencial Gervásio Maia (Praça da Esperança) – 19h

Escola de Capoeira Afro Nagô (cultura popular)

- Valentina (Praça Soares Madruga) – 19h

Banda Mega Show (música)

- Alto do Mateus (Praça da Mangeura) – 17h

Tribal Brasil (dança)

- Estação Ciência (teatro de arena) – 17h

Allem Circo (circo)

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Fonte: http://www.portalcodisma.com.br/?p=8482


ESPORRO Leonardo Panço



Em seu terceiro livro, Esporro (Tamborete, 2011), Leonardo Panço fala dos anos que viveu intensamente no rock underground do começo dos anos 90 no Rio de Janeiro. Anos de guitarras altas, pessoas peladas, loucuras e muito barulho. Esporro é sobre as esperanças da juventude, cair na estrada, tocar, compor e viver o sonho do rock com alguns amigos.

Em João Pessoa, Esporro será lançado no dia 18 de outubro (terça-feira), às 19:00, na loja mais rock and roll da cidade, a Música Urbana: Rua Visconde de Pelotas, 138-B, Centro. O evento é aberto ao público!
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Veja mais sobre o livro, leia um trecho, etc, em sua página no Facebook: http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150262038957187 Também no Portal Rock Press: http://portalrockpress.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=4639
Os informes acima, no primeiro parágrafo, salvas as modificações, foram recolhidos em: http://vimeo.com/27031407 Aí também há um vídeo release sobre o livro. Clica logo, negada.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Festival MPBeco volta em sua sexta edição

Três noites dedicadas aos compositores potiguares e palco será instalado na Praça 7 de Setembro, Centro de Natal. A festa terá entrada gratuita.



A sexta edição do Festival de Música do Beco da Lama – VI MPBeco – colocará novamente os holofotes direcionados aos compositores potiguares. A primeira eliminatória da competição será neste sábado (1). O palco será instalado no mesmo endereço das edições passadas: Praça 7 de Setembro, Centro de Natal. A festa terá entrada gratuita.
Uma banca formada pelo músico Mirabô Dantas, a musicista e poeta Michele Ferret, e o músico e jornalista Moisés de Lima selecionou 24 concorrentes para participar do certame. O grupo apreciou 285 composições, resultantes de 139 inscrições de todo o estado.
Duas eliminatórias, a serem realizadas nos dias 1º e 8 de outubro, irão definir os 10 finalistas – cinco concorrentes para cada dia do evento. Cada eliminatória irá contar com a apresentação de 12 candidatos. A grande final será em 15 de outubro.
De acordo com um dos produtores do MPBeco, Dorian Lima, uma mesma banca julgadora formada de cinco pessoas será responsável pela escolha dos finalistas, nas duas etapas eliminatórias. Durante a final, outra banca será formada, com cinco pessoas diferentes, para selecionar os vencedores do festival de música.
“A comissão será formada por músicos, compositores, cantores e pessoas da área. A disputa será acirrada, pois o nível dos 24 concorrentes é muito alto”, disse. Somente potiguares ou aqueles que residem no RN há pelo menos dois anos puderam concorrer.
Além dos seis prêmios já concedidos em outras edições, esse ano há uma novidade na premiação.
A música primeira colocada (Prêmio Nazir Canan) receberá o valor de R$3.600; a música segunda colocada (Prêmio Newton Navarro) receberá R$2.900; já a música terceira colocada (PrÊmio Celso da Silveira (R$2.300). O Prêmio Maestro Mainha de Melhor Arranjo Musical e o Prêmio Bosco Lopes de Melhor Intérprete do Festival concederá aos vencedores R$1.800, cada. O Prêmio Elino Julião (voto popular) é de R$2.600. O compositor agraciado com o Prêmio Nazir Canan levará também o Prêmio Arte Musical (um violão da marca Di Giorgio).

Shows nacionais

As noites de festas do MPBeco incluem também apresentações de artistas nacionais, que, entretanto, não participam da competição, mas serão responsáveis pelos shows de abertura e encerramento.
A primeira eliminatória terá show de abertura da cantora potiguar Cida Lobo. O encerramento será com o cantor pernambucano Lirinha, ex-vocalista da banda “Cordel do Fogo Encantado”. Lirinha fará o lançamento nacional de seu primeiro CD solo.
Já a segunda eliminatória, dia 08, começa com apresentação da banda potiguar Dosouto e será encerrada pelo cantor pernambucano Escurinho.
Na esperada noite da final, o Festival realiza a tradição de abrir espaço para o vencedor da edição anterior. O cantor Maguinho da Silva (1º lugar em 2010) apresentará o CD “E o pior qu’isso tudo não é ficção…”, acompanhado pela malassomBROSband. A banda cearense Cidadão Instigado finaliza a programação da noite final.

Ordem de apresentação dos competidores (escolhida por sorteio):

Sábado 01/10:

O Cotidiano
Autor: SaintClair
(Natal/RN)

Alice
Autor: Max Soul
(Natal/RN)

Liberdade Vigiada
Autores: Abel Melo e Leandro Levy
(São Paulo do Potengi/RN)

As Barbas da Mãe
Autores: Rafael Novais / Eduardo Borges / Rafael Melo / Weslley Xavier
(Povoado Mata Verde / Macaíba/RN)

Festa na Vila
Autor: João Henrique Koerig
(Natal/RN)

Tico-Tico
Autor: Caio Padilha
(Natal/RN)

Jurubebas Queen
Autor: Artur Soares
(Mossoró/RN)

Do Alto do Palato
Autora: Rani
(Natal/RN)

Árido Blues
Autor: Zoroaster Cavalcanti de Medeiros
(Natal/RN)

Solidão Avulsa
Autores: Pedras Leão e Maria Di Lia
(Natal/RN)

O Trovão e O Passarinho
Autores: Nagério / Carlos Bem / Franklin Mário
(Natal/RN)

Algumas Verdades Sobre a Mentira
Autores: Simona Talma e Romildo Soares
(Natal/RN)

Sábado 08/10:

Xote Americano
Autores: Joana Medeiros e Batista Araújo
(Natal/RN)

O Retrato de Madame K
Autor: Gabriel Leopoldino Paulo de Medeiros
(Natal/RN)

Depois
Autor: Yrahn Barreto
(São Gonçalo do Amarante/RN)

Bar das Bandeiras
Autores: Wigder Valle e José Gaudêncio Torquato
(Natal/RN)

Canto do Concliz
Autor: Popola de Natal
(Natal/RN)

Homens Lunares
Autores: Luciana Barros e Fábio Rocha
(Natal/RN)

Overdose de Samba
Autor: Heriberto Pedro da Silva (Zorro)
(Natal/RN)

Blues do Desespero
Autor: Antônio Carlos Spinelli
(Natal/RN)

Apenas um Blues
Autor: Lindenberg Mariano
(Natal/RN)

Tango do Hospício Encantado
Autores: Franklyn Nogvaes e Antônio Ronaldo
(Natal/RN)

Amor Bandido
Autor: MC Priguissa
(Natal/RN)

Chuva de Alexandria
Autor: Breno Z
(Natal/RN)

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