quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A vida é boa a beira-mar em João Pessoa

O professor, músico, poeta e compositor Patativa Moog é frequentador assíduo do nosso quiosque. Pessoa simpática e querida da cena cultural de João Pessoa, é também um bom gourmet e especialista em cachaça de qualidade. Em uma declaração espontânea de bem-querer para com a cidade e com o quiosque, ele nos enviou esse belo texto com teor poético, o qual publicamos com grande satisfação:

“Sentar [...] entre os amigos e falar sobre soluções para os problemas universais. Deixar que tarde passe, sossegada...” São as primeiras frases de “Veraneio”, música da banda pernambucana Eddie – com quem me identifico. E tanto que, eu mesmo, e isso bem antes, em 2006, no coro de “Stronic Up!, coloquei o verso que, em nossos shows (Madalena Moog) é repetido, em coro: “A vida é boa a beira-mar em João Pessoa.” Pernambuco e Parahyba, meus dois Estados preferidos. Um por herança genético-geográfica, Pernambuco; outro por opção estético-profissional, Parahyba. Meu Pernambuco tem muitos encantos, tem sim; a Parahyba, também. Especialmente em João Pessoa, há um quiosque que, sempre que posso, estou lá. E, de tanto ir, já me tornei amigo dos proprietários, os irmãos Vanderlei e Marconde: Quiosque Dois Irmãos. São duas figuras incríveis, de corações enormes. O Quiosque Dois Irmãos fica logo ali, em frente ao Littoral Hotel, na Praia do Cabo Branco, pertinho do Marinas. Não poucas vezes, depois de “deixar que tarde passe sossegada”, acompanhada de petiscos saborosos, cervejas geladas e amigos queridos, e antes de retornar para casa, convencido de que “a vida é boa a beira-mar em João Pessoa”, segui a pé pela orla limpinha e perfeita para uns mergulhos, deixando meus pés afundarem na areia. É uma verdadeira catarse, uma terapia contra as terapias".

Publicado em: http://quiosquedoisirmaos.blogspot.com/2011/11/vida-e-boa-beira-mar-em-joao-pessoa.html

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Noite do jazz no teatro Paulo Pontes‏


Hoje os lamentos do blues dão lugar aos improvisos do jazz em João Pessoa. Depois que o Mississipi banhou as praias do Bessa no 'Oi Blues By Night', no início da semana, agora é a vez do teatro Paulo Pontes ter sua 'Noite de Jazz' nesta quarta-feira, às 20h, em show gratuito.

No palco, duas expressões da música afro-americana se encontram em um diálogo com sotaque franco-brasileiro: o tête-à-tête se dá entre os grupos Néctar do Groove, da Paraíba, e o Benoît Berth Back Quartet, da França.

Fundado em 2007 pelo saxofonista Benoît Berth (que empresta seu nome à formação), o quarteto francês tem lá suas afinidades com o Néctar do Groove.

É que os paraibanos se reuniram na capital um ano antes dos seus colegas do Velho Continente, capitaneados também por um virtuose europeu do saxofone: Stephan Thomas.

Já fixado no Brasil há quase 20 anos, o suíço é quem guia a visita do Benoît Berth Back Quartet ao país com a ajuda de Orlando de Freitas (baixo) e Victor Ramalho (bateria).

São eles que abrem a noite para os estrangeiros, que prometem mostrar ao público um embasamento clássico do jazz estudado em um centro de música que leva a marca de Didier Lockwood, violinista que se apresentou no Brasil no ano de 2009.

Tanto Berth quanto Zacharie Abraham (contrabaixo), Raphaël Chevalier Duflot (bateria) e Jean Kapsa (piano) são egressos da instituição, e seus standarts ganharam as lojas a partir de First Pages, álbum do ano passado.

De lá para cá, Berth e companhia fizeram aparições em festivais como o Jazz in Marciac, no sudoeste da França, e o European Jazz Contest, em Roma.

Na capital italiana, os jazzistas foram saudados como atração de destaque. Os franceses também deram uma paradinha em Pernambuco, no Recife Jazz Festival, antes de chegarem por aqui.

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Texto de Tiago Germano, no Caderno Vida e Arte, Jornal da Paraíba (02/11/2011 às 06h30)

http://jornaldaparaiba.com.br/noticia/69106_noite-do-jazz-no-teatro-paulo-pontes