quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Diversidade de sons é a marca da coletânea “Música de Parahyba”, que será lançada no Teatro de Arena




Motivados em mostrar os frutos musicais da capital paraibana, artistas de diversas tendências da cena local unem suas forças desde 2009 para levar adiante o projeto coletivo do Fórum da Música. Para mostrar ao público o fruto desse trabalho, o fórum lança, nesta sexta-feira (28), em um show no Teatro de Arena da Funesc, a coletânea ‘Música de Parahyba’. O evento será às 20h e os ingressos serão vendidos no local ao preço único de R$ 5.

O CD reúne 20 faixas de diversos artistas da terra, dos mais variados estilos - do rock de Cerva Grátis ao reggae de Febuk, passando pela ciranda do Círculo de Tambores e pelo som instrumental-psicodélico de Ubella Preta.

O show de lançamento contará com participação das bandas Abiarap, Febuk & Banda Santo Graal, Baluarte, Orquestra de Berimbaus, Atitude Urbana, Zé Viola, General Frank & Preta San e Pablo Escobar, todas com uma faixa gravada no CD. O evento conta com o apoio da Funesc, Funjope, Rádio Tabajara e Sebrae-PB. O álbum completo está disponível para download no blog do Fórum Música da Paraíba (http://musicadaparaiba.blogspot.com).

A produção da coletânea foi feita de forma cooperativa, pontuando um dos momentos mais importantes da atual organização dos artistas de música da cidade. A partir de iniciativas como essa, o coletivo reafirma a disposição em resgatar o trabalho iniciado nos anos 80 pelo Musiclube da Paraíba.

Fórum de Música

Criado em agosto de 2009 para integrar os trabalhadores de música da cidade, o Fórum de conseguiu participar da II Conferência Municipal de Cultura, apresentando propostas que foram discutidas no meio musical de João Pessoa, somando-se às ideias de músicos de outras cidades do interior paraibano. O resultado destas idéias propostas foi a elaboração de um documento oficial que foi levado ao Encontro Nacional de Cultura, realizado em Brasília.

Serviço:

Show de lançamento da coletânea Música de Parahyba

Data: Sexta-feira (28)

Hora: 20h

Local: Teatro de Arena da Fundação Espaço Cultural

Preço único: R$ 5

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FONTE: http://funesc.com.br/cultura/index.php?option=com_content&view=article&id=558:diversidade-de-sons-e-a-marca-da-coletanea-musica-de-parahyba-que-sera-lancada-no-teatro-de-arena&catid=1:informativo-noticias&Itemid=145

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eles querem botar fogo no mundo, e sair correndo...


Igor Von Richthofen (Scary Monsters), sobre o show de estreia da paraibana Squizopop, postou o seguinte comentário, em seu blog – que uma garotinha no seriado CSI Miami afirma ser o lugar onde os frustrados escrevem o que querem, para ninguém ler –: “... eu me deparo com uma insana passagem de som onde vejo além da amizade (que supostamente levaria a minha opinião à falsidade contida na infame e previsível brodagem); vejo 4 pessoas numa ânsia de passar seu recado sem aquele pudor ou amarras a um suposto ‘bom gosto’. A banda que fazia barulho atende pelo vulgo nome de ‘Squizopop’, e seu efeito é pesado.” É, sim. E eu também estava naquele show; e também escrevi resenha sobre ele; e conheço cada um dos caras que davam as caras ali, no palco. Meninos, meninas, não se enganem: eles querem botar fogo no mundo e sair correndo, mostrando o dedo ou a bunda à sra. sua mãe, ao sr. seu pai.

Na apresentação que a banda faz de si mesma, e pela índole maldita de um de seus guitarristas e vocalistas, o amaldiçoado Ikaro Maxx, a Squizopop é “uma nova forma de vociferar pelas ruas, uma nova febre ensurdecedora, um novo orgasmo implantado nas entranhas da juventude...” E é preciso ter mais de 18 para ouvir o que eles têm a dizr; e é preciso não ter pudores para vê-los em ação, nos palcos, nus e desbocados. Enquanto o Igor Bebum vê “óbvias referências a nomes como Sonic Youth, Nirvana e ecos do melhor do punk 77, mesclados a experimentalismos guiados pela ensandecida dupla de guitarras”, eu vejo as mesmíssimas coisas, cuspidas da Sonic Youth, Weezer e Guided by Voices, principalmente quando é o Pablo Giorgio nos vocais. Mas, ah!, à merda com as referências! A Squizopop tem luz própria, e o EP Polvo (2011) mostra-a muito bem; basta ouvir.

Polvo foi gravado, mixado e masterizado entre agosto e outubro de 2011, no Mutuca Estúdio (Centro Histórico de João Pessoa), com recursos e produção da própria banda. É uma paulada. Além da excelente captação de áudio – bem no espírito anarco-punk da banda –, nem sempre transmitida como nas apresentações ao vivo, a seleção das músicas foi um tiro na mosca, prendendo o ouvinte do começo ao fim, sem deixar a chapa esfriar. A super bem produzida e empolgante “Galleries”, gritada com fúria e paixão, abre espaço para “The same”, que é um ménage à trois ensandecido entre Weezer, Sonic Youth e Thomas Jefferson Slave Apartments. Digo assim para mencionar as referências mais conhecidas, do que se pode chamar de mainstream – embora isso não limite o que a banda faz, como se reproduzindo tendências, etc. É o caos cantado, com cheiro de álcool, fumaça de cigarros e felação. Em “Harvest”, a longa entrada da bateria de Rodolf Lahm, seguida pela guitarra base de Pablo, depois o baixo palhetado do Rafael, e depois as distorções cheias de impedâncias da guitarra do Ikaro, dão solidez ao corpo que faz trilha para a letra. É uma colheita nervosíssima! Principalmente no coro, quando a bateria – que comanda do começo ao fim – muda o andamento, numa sequência punk-hardrock matadora. “The lost ones”, por fim, lembra uma rock-balad à Weezer; também lembra, e muito – e longe de ser cópia –, as faixas 2 e 3 do álbum “Mag Earwhig!” (1997), da americana Guided by Voices. “The lost ones” é a mais lenta do Polvo, e fecha o EP, que é incrivelmente bom. “The lost ones” é servida como aquele cigarro que se acende após o sexo, que vai queimando lenta e gradativamente, apagando e sendo aceso conforme aquele ou aquela que fuma, em um quarto quente numa madrugada. Pode ser também, dependendo da ocasião, o dedo que é enfiado goela abaixo, para (como nos bacanais da Antiga Roma pré-cristã) provocar o vômito; não por desprazer, mas para que o prazer se repita, depois da primeira saciedade. Não; os caras da Squizopop não têm nem a faca e nem o queijo, eles têm a fome. Esperteza que a poetiza mineira, Adélia Prado, sabe dosar bem em todas as suas obras. Sim; parece que os perdidos da Squizopop não estão tão perdidos assim.

SQUIZOPOP é:

Ikaro Maxx – guitarra, ruídos, vocal
Pablo Giorgio – guitarra, ruídos, vocal
Rodolf Lahm – bateria e vocal
Rafael “Spitfire” – baixo e vocal

A primeira aparição pública dos sádicos da Squizopop foi em um domingo, 24 de outubro de 2010, no Centro Histórico de João Pessoa. Depois os caras se apresentaram várias vezes, em vários locais, fazendo shows em lugares sujos e escuros, para públicos diversos e duvidosos. Um aviso: se, depois de um desses shows, você ficar viciado ou viciada na anarquia sonora da banda, e quiser ir aonde ela for e/ou indicar, é bom estar bem armado/a: a experiência pode ser libertadora, para o seu bem ou para o seu mal. E culpa será toda sua.

DOWNLOAD http://www.mediafire.com/?dyzzo89otuucx29

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Patativa Moog é músico (Madalena Moog), produtor, professor de filosofia, chato e reclamão.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Projeto Subindo a Ladeira

20 a 21 de Outubro | Edição dedicada às crianças

(Levem os bambinos e bambinas; é tudo para eles!)




Programação Cultural

Dia 20 | Quinta-Feira:

19h00 | Sessão de Cinema Infantil Sanhauá
Local: Escola Padre João Felix (Porto do Capim)

21h00 | Cineclube Sanhauá
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra

Dia 21 | Sexta-Feira:

18h00 | Mostra Rosa Cagliani
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra
Atração: Tempo de Dançar - Ballet Jovem da PB

19h00 | Sons do Sanhauá
Local: Escola Padre João Felix (Porto do Capim)
Atração: Show do CD Travessuras – Carlos Anísio

Dia 22 | Sábado:

17h00 | Sons do Sanhauá
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra (R$ 8 e R$ 4)
Atração: Show Érica Mainha – Érica Maria

19h00 | Mostra Rosa Cagliani
Local: Casa de Cultura Cia. da Terra (R$ 8 e R$ 4)
Atração: Era Uma Vez... – Deuzeruora Vamimbora




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Panço e os quixotescos amigos na Música Urbana, 18/10/2011, João Pesso-PB

Sai do rock, cara, sai do rock! *


Ontem foi uma terça-feira legal. Nem chegou a uma dezena de amigos que prestigiaram o lançamento do livro de Panço. "Esporro" é o seu terceiro, que versa sobre o rock anos 90 na Cidade Maravilhosa. Embora seja especifico sobre uma cena, diz muito para cenários distantes onde as conspirações astrais e sonoras tinham uma mesma configuração. Eu vivi e convivi bastante essa época, e o livro, queira ou não queira, traz à tona "modus" de uma cultura pré-internet - para limitar o contexto -, sem o cheiro da naftalina e o ranço do saudosismo barato. Panço diz, na sua sinceridade peculiar, que é apenas um registro de momentos interessantes de sua memória-viva-vida. Mas não se engane, pois essa obra faz cutucar as lembranças da nossa própria aldeia. Aldeia esta construída com outros suportes e outras ferramentas que são comuns e únicas em seu tempo. Nada de comparação. Em cada lugar (e tempo) tem seu Piu-Piu, sua Gangrena, sua Garage, suas figuras marcantes tão significantes para muitos, como comprovado no livro. É essa despretensiosa verdade, que ele-e-o-livro expõe e mostra para todos, o seu grande trunfo que deve ser lido por qualquer um e que pouquissímas pessoas teriam coragem, digo, disposição, para retratar e deixar estampado na história. No andar da carruagem do Sr. Tempo, ele mesmo, durante a sua peregrinação de duas semanas para divulgar e vender o livro, já tem vivido outras histórias; como encontrar veteranos que cravaram o rock na pele sem se importarem com os caminhos e descaminhos do destino.
Para a nova geração fica o exemplo que somos apenas seres (des)humanos, óbvio ululante, e não apenas marionetes nas mãos de poucos. Lição que deve ser dita em constância para que a bobagem - e a estupidez - não seja a nossa herança para a eternidade.
Estou, como ficou claro, bem sentimental - e de veneta - na escrita, mas a noite foi legal. Fruto instantâneo das presenças ímpares de Edy Gonzaga, Bergson, Dorivan, Diogo Galvão, Patativa e Jansen. Juntamos a energia positiva com a boa conversa na loja do gentleman Róberio e depois fomos tomar umas cervejas com Panço, porque garganta sêca só papagaio pra falar muito.
Para os que não foram, sempre há uma nova chance...

* o título se refere a um literal esporro que uma pessoa levou, mas esse caso só o Edy pra contar.



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Jesuino Oliveira
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